O ex-policial militar,
Raimundo Edson da Silva Medeiros, mais conhecido como Sargento Medeiros, foi
liberado em audiência de custódia depois de ter sido preso acusado de liderar
uma quadrilha de roubo de carros e extorsão em Maceió. Além do policial, os
outros envolvidos também receberam a liberação.
A condição imposta pelo
magistrado que presidiu a audiência foi de que os acusados se apresentem
mensalmente à Justiça para relatar suas atividades. Eles foram liberados sem a
aplicação de fiança e o processo envolvendo a suposta quadrilha corre em
segredo de Justiça. Também foram presos na mesma operação ex-soldado reformado
Luciano Rodrigo Quintela de Lima, Tiago da Silva Tenório e Edison Silva dos
Santos.
Em contato com a reportagem
do CadaMinuto, o Juiz da Vara de Execuções Penais, Braga Neto, afirmou que
analisará a situação jurídica do acusado, mas caso ele venha ser indiciado ou
denunciado pela Polícia será penalizado com a regressão da pena. Isso porque
Sargento Medeiros estava cumprindo pena em regime semiaberto pelo crime de
homicídio.
Os acusados estavam sendo
monitorados pelos policiais da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos de
Carga, da Polícia Civil, depois do roubo de uma Amarok, seguindo de uma
extorsão da vítima, que foi obrigada a passar para os criminosos uma quantia de
mais de R$ 30 mil que recebeu de indenização.
Os crimes praticados por
eles foram registrados nos estados de Alagoas e Pernambuco. O ex-militar é
acusado de participar de cerca de 30 assassinatos, entre eles o do promotor de
Justiça da cidade de Água Preta, interior de Pernambuco, Rossini Couto crime
registrado naquele estado e que contou com a participação do ex-PM José Ivan
Marques de Assis, condenado a 24 anos de prisão e de Sivonaldo Leobino da
Silva, condenado a 20 anos de prisão.
Medeiros também é suspeito
de ter participação indireta na execução do assessor parlamentar Cícero Sales
Belém em novembro de 2005 em um dos trechos da Avenida Durval de Góes Monteiro
em Maceió, após a vítima deixar a residência do deputado Fernando Tenório, no
Condomínio Aldebaran.
Junto com Cícero, que era
acusado de vários assassinatos em Alagoas, também foi morto o estudante José
Alfredo Tenório Filho. Com as investigações,
a polícia concluiu que os matadores foram José Antônio Alves da Silva,
José Cícero Moraes Costa Cavalcante e Agilberto Júnior dos Santos, o Júnior
Tenório - também conhecido por "Junior Cicatriz", responde o processo
em separado e está preso em um presídio federal, fora de Alagoas, por outros
crimes.
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