Eduardo Anísio Brandão Prado, 22 anos, foi preso pela Gerência de Inteligência Policial (GINPOL). Ele morava na casa da avó desde 2020, quando fugiu de São Paulo por ter cometido o crime com outros comparsas.


A Polícia Civil através da Gerência de Inteligência Policial (GINPOL), prendeu na manhã desta quarta-feira, 2, Eduardo Anísio Brandão Prado, 22 anos, acusado de assassinar o policial militar Gledson Silva de Gusmão, 38 anos, na cidade de Bertioga, no litoral Sul de São Paulo. O crime ocorreu no dia 8 de março de 2020.

De acordo com os policiais que efetuaram a prisão, Eduardo Brandão estava morando em Santa Cruz do Deserto, município de Mata Grande, desde a época do crime. “Ele vivia na casa da avó, como nada tivesse acontecido, recebemos a informação da Polícia Civil paulista e passamos a monitorá-lo, sendo efetuado a sua prisão nesta quarta-feira.” Citou um dos policiais que não pode revelar o nome para não comprometer outras ações.

Eduardo foi conduzido ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP), de onde deverá ser recambiado para São Paulo nos próximos dias. Ele é considerado um elemento de alta periculosidade apesar da pouca idade.

O crime na época chocou a corporação paulista, uma vez que o militar foi sequestrado, esquartejado e morto com a própria arma. Outros criminosos envolvidos já haviam sido presos.

O crime:

Um policial militar foi sequestrado e brutalmente assassinado na em Bertioga, no litoral de São Paulo. O soldado PM Gledson Silva de Gusmão, de 38 anos, ia para um baile funk com uma amiga, quando foi abordado por dois suspeitos, que o levaram para uma área deserta, próxima a um mangue. As informações são do jornal A Tribuna.

De acordo com a reportagem, a amiga do PM, de 15 anos, teria dito a ele que tinha curiosidade em conhecer um baile funk. A vítima se propôs a levar a garota ao local, mas ao chegar lá, o policial foi reconhecido por criminosos, que o abordaram e o assassinaram em seguida.

Segundo a Polícia Militar, a vítima foi encontrado, após a esposa de Gledson acionar a corporação. O corpo do policial tinha dois tiros na cabeça, várias pauladas, escoriações e marcas de facadas na cabeça. O PM portava uma pistola calibre .40 e 15 munições, que foram roubadas pelos assassinos.

Ainda de acordo com A Tribuna, Gledson Silva de Gusmão trabalhava na área da 4ª Cia do 22º BPMM de Bertioga. O corpo da vítima foi encaminhado ao IML de Santos. A chefia de investigação da Delegacia Sede de Bertioga foi acionada.

Operação que culminou nas primeiras prisões:

Dois homens foram presos suspeitos de participar do assassinato do policial militar Gledson Silva de Gusmão, de 38 anos, em Bertioga, no litoral de São Paulo. Ele foi espancado e morto em um baile funk após ser reconhecido por criminosos da região em março deste ano. A ação fez parte da Operação Buriti, das polícias Civil e Militar.

O crime aconteceu em um baile funk no bairro Chácaras, onde o soldado foi levar uma amiga da família que pediu para conhecer o evento. No local, ele foi reconhecido por três criminosos, que o sequestraram e o levaram para uma área de mangue no mesmo bairro.

O corpo do soldado foi encontrado por equipes da Força Tática horas mais tarde e em um local que, segundo a Polícia Militar, é conhecido pela recorrente 'desova de corpos do tribunal do crime'.

Ele tinha marcas de tiros e facadas na cabeça, além de marcas de pauladas no rosto, pescoço e nas costas. Ainda conforme a PM, ele apresentava sinais que indicavam que suas mãos foram amarradas.

Operação Buriti

A Operação Buriti, deflagrada por policiais da 3ª Delegacia de Investigações Sobre Homicídios da DEIC de Santos, em conjunto com a Polícia Militar e apoio do Policiamento de Choque da Capital, foi realizada no bairro Vista Linda na manhã de terça-feira (27).

Desde o crime, policiais civis atuaram em conjunto com a corregedoria da PM para investigar a autoria do homicídio. Dois suspeitos foram identificados, de 19 e 31 anos. O mais velho foi preso por policiais militares no dia 12 de setembro em Cubatão. Com ele, estava a arma de fogo da vítima, que também foi usada para matar o soldado.

Foi expedido mandado de prisão temporária ao outro suspeito identificado, além de outros mandados de busca e apreensão embasados na investigação de outros suspeitos. No total foram cumpridos 11 mandados, em imóveis localizados na região do crime.

Durante as buscas, a equipe policial prendeu o outro suspeito, de 19 anos, com uma cápsula deflagrada de munição de calibre .40. O material foi encaminhado à perícia.

Outro homem, de 26 anos, foi preso em flagrante por tráfico de drogas. Com ele, estavam 301 pinos de cocaína, 151 pedras de crack e duas porções de maconha. Além disso, foi encontrado R$ 1,2 mil e um celular. Ele também será investigado pela participação no homicídio.

Durante a ação, também foram apreendidos mais de 300 maços de cigarros importados, 40 litros de líquido utilizado para fabricação de lança-perfume, balança, máquina de fabricação de cerol, fogos de artifícios armazenados ilegalmente, aparelhos celulares, armas brancas, lâminas de aço, uma máquina caça-níquel e outros objetos ilegais.

As apreensões servirão como base da próxima etapa da operação. Outros suspeitos são investigados e as autoridades fazem buscas para identificar e prender outros envolvidos na morte do soldado.