Redução
no repasse faz Prefeituras aderirem mobilização e paralisação amanhã, 30. Queda
esse mês é de 8%.
A
Prefeitura de Piranhas, localizada no Sertão de Alagoas, foi a primeira a
publicar nas redes sociais a adesão do movimento “Sem FPM não dá!”. Diversos
municípios brasileiros prometem paralisar as atividades na próxima
quarta-feira, 30, o objetivo é chamar a atenção do Governo Federal e do
Congresso Nacional.
A queda
de acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM) é de 8% no mês de
agosto.
“A
gente não sobrevive sem o FPM”
O
FPM é um fundo advindo da arrecadação da União com os valores recebidos pela
Receita Federal, através do Imposto de Renda e o IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados). São três transferências de recursos por mês, feitas a cada
dez dias. Se a data cair no sábado, domingo ou feriado, o repasse é antecipado
para o primeiro dia útil anterior.
O
Fundo sempre é destacado pelos prefeitos como algo essencial para a
sustentabilidade das cidades. A prefeita de Pederneiras, no estado de São
Paulo, Ivana Bertolini, reforça isso. “A gente não sobrevive sem o FPM. É uma
garantia que aquele recurso vai cair. Nesse momento, principalmente, que a
gente está tendo uma perda de ICMS, a gente se
apoia mais ainda no FPM. Então a gente não pode perder esse recurso de
jeito nenhum. Tem que lutar para que ele tenha uma maior participação ainda”,
ressalta.
Um
levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que 51% dos
municípios do Brasil estão no vermelho, gastando mais do que arrecadam. Além da
queda do FPM, também são apontados como motivos do endividamento das cidades o
represamento de emendas parlamentares e o atraso no repasse dos royalties de
minérios e petróleo.
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