Cachorro
foi utilizado primeiro para evitar que as equipes policiais de força letal
atuassem antes.
Momentos
depois de autoridades policiais avistarem a cabeça do assassino condenado
Danilo Cavalcante, 34, espiando por entre uma vegetação rasteira, eles libertaram
um cão policial que o mordeu e o deteve, levando à sua prisão quase duas
semanas depois de ele ter escapado da prisão, disseram autoridades.
O
cachorro, um macho belga Malinois de 4 anos chamado Yoda, pertencia a uma das
duas equipes táticas que se moveram para capturar Cavalcante na quarta-feira
(13) em uma área arborizada da Pensilvânia, nos Estados Unidos, encerrando uma
caçada que atraiu centenas de policiais ao local, sem nenhum tiro disparado
durante a prisão.
Yoda
foi uma força significativa na captura, impedindo Cavalcante de usar um rifle
roubado que estava ao seu alcance, disse o tenente-coronel George Bivens, da
Polícia Estadual, durante uma entrevista coletiva na quarta-feira (13).
“Ele
foi essencial no que diz respeito ao rastreamento e busca, assim como vários
outros K-9 que estavam aqui”, disse Robert Clark, vice-marechal supervisor dos
EUA para o distrito leste da Pensilvânia, à CNN na quarta. “Todos esses K-9
foram utilizados por diferentes equipes táticas da área e eram recursos simplesmente
incríveis”.
Cavalcante
escapou da prisão do condado de Chester em 31 de agosto, deixando a população
tomada pelo medo, tendo sido avistado inúmeras vezes.
O
jovem de 34 anos foi condenado no mês passado pelo assassinato de sua
ex-namorada, Deborah Brandão, realizado em 2021. Ele também é procurado em um
caso de homicídio de 2017 no Brasil.
Cavalcante
foi capturado no condado de Chester, cercado por pelo menos 20 policiais, disse
Bivens. Yoda se juntou à busca da Unidade Tática de Patrulha de Fronteira dos
EUA estacionada em Michigan, disse Clark à CNN.
As
autoridades dizem que demorou cerca de cinco minutos desde que as autoridades
começaram a intervir para prender Cavalcante, com a ajuda de Yoda.
Cavalcante
tentou fugir, Yoda o mordeu duas vezes
O
fugitivo estava dormindo quando a polícia o localizou, deitado em cima de um
rifle que ele havia roubado de um morador próximo na noite de segunda-feira
(11). Os policiais pegaram Cavalcante de surpresa, e ele tentou fugir
rastejando pela vegetação rasteira com o rifle roubado na mão, disse Bivens.
As
equipes táticas tomaram a decisão de soltar Yoda – sabendo que Cavalcante
estava armado – antes de passar a missão para a força letal, segundo Clark.
Apenas
o topo da cabeça de Cavalcante estava visível aos policiais quando Yoda se
aproximou dele, disse Clark.
Yoda
é um cão policial que “morde e segura”, disse Clark, treinado para segurar um
indivíduo até receber ordem para soltá-lo. O cachorro mordeu Cavalcante no
couro cabeludo e depois mordeu-o novamente na “área dos membros inferiores”
para mantê-lo no chão, disse Clark.
“Quando
o cachorro chegou até ele, ele caiu com o cachorro em cima dele – o cachorro
conseguiu detê-lo lá”, disse Bivens. “Disseram-me que o rifle estava ao alcance
do braço”.
Cavalcante
então “continuou a resistir” e foi “detido à força” pelos policiais, disse
Bivens.
O
‘papel muito importante’ dos K-9s
Os
cães policiais desempenham “um papel muito importante” no rastreamento e
captura segura de um indivíduo, disse Bivens durante a entrevista coletiva.
“É
muito melhor podermos libertar um cão patrulha como este e fazê-lo subjugar o
indivíduo do que usar força letal”, disse.
É
prática padrão que os K-9 se movam primeiro, indo rápida e diretamente até um
suspeito sob comando, explicou à CNN.
Os
cães são treinados para pegar uma pessoa “desprevenida” para evitar que ela
escape ou use qualquer arma nas proximidades. Seu treinamento concede aos
policiais alguns segundos extras para abordar o suspeito e prendê-lo sem força
letal, acrescentou.
“Eles
não ficam apenas mordendo e soltando ou tentando causar ferimentos adicionais”,
disse Bivens, referindo-se à forma como os cães K-9 são treinados.
“Eles
simplesmente agarram e tentam manter a pessoa no lugar até que os policiais
possam chegar lá”, acrescentou, observando que os cães policiais não devem ser
soltos à distância ou sem supervisão.
“Há
policiais por perto que podem então se mover, o condutor pode puxar
imediatamente o cão de volta e, então, os policiais assumem o controle a partir
daí”.
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