Desde
novembro do ano passado, Jilfran cumpria prisão cautelar, na sede do 3º
Batalhão da Polícia Militar, em Arapiraca, após pedido do Ministério Público do
Estado.
Por
decisão do juiz da 5ª Vara Criminal de Arapiraca, Alberto de Almeida, o
policial militar Jilfran Santos Batista, um dos acusados na morte do empresário
Marcelo Leite, durante uma abordagem em novembro de 2022, teve a prisão
revogada.
Desde
novembro do ano passado, Jilfran cumpria prisão cautelar, na sede do 3º
Batalhão da Polícia Militar, em Arapiraca, após pedido do Ministério Público do
Estado, mediante uma denúncia da família do empresário de que Jilfran estava
descumprindo medidas cautelares, durante a prisão domiciliar.
Na
decisão proferida nesta quarta-feira (24), o magistrado alegou que não existe
motivos para a manutenção de prisão cautelar e concedeu liberdade provisória ao
PM, que deve voltar a ter medidas cautelares a cumprir.
O
militar deverá cumprir as seguintes medidas:
Afastamento
das funções policiais de segurança ostensiva, nas quais os policiais possam ter
contato com a sociedade;
Proibição
de ausentar-se da Comarca de Arapiraca, por período superior ao prazo máximo de
05 (cinco) dias, ou mudar de endereço, sem autorização do juízo;
Proibição
de frequentar bares, boates, shows ou locais com uso de bebidas alcoólicas e
aglomeração de pessoas;
Proibição
de manter contato com os familiares da vítima;
Comparecer
a todos os atos judiciais para os quais for intimado;
Não
cometer qualquer outra infração;
Comparecimento
periódico todo dia 20 de cada mês para informar e justificar suas atividades;
Recolhimento
domiciliar no período noturno, das 22h00min às 05h00min.
Em
caso de descumprimento de qualquer destas medidas haverá decreto de prisão
preventiva.
Relembre
o caso
O
empresário Marcelo Barbosa Leite, atingido por um tiro de fuzil durante uma
abordagem do 3º Batalhão de Polícia Militar (BPM), faleceu em um hospital de
São Paulo, no dia 05 de dezembro.
Inicialmente,
ele foi levado para o Hospital de Emergência do Agreste, em Arapiraca, e logo
depois para a Santa Casa de Misericórdia, em Maceió. Depois de ter um choque
séptico e outras complicações no dia 26 de novembro, Marcelo foi transferido
para o Hospital Beneficência Portuguesa do Mirante, na capital paulista, onde
estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Marcelo
tinha 31 anos e foi atingido pelo projétil, que transfixou o porta-malas e os
bancos do carro, acertando suas costas. Ele perdeu um rim, o baço e parte do
intestino.
No
Auto de Prisão encaminhado à 8ª Promotoria de Justiça de Arapiraca, os
policiais envolvidos na ocorrência relataram que o empresário teria reagido à
abordagem, mas a família contestou a versão.
Conforme
o Auto de Prisão, Marcelo trafegava em seu veículo, na rodovia, quando
ultrapassou uma viatura da Polícia Militar saltando um quebra-molas. Os
policiais militares então iniciaram perseguição ao veículo, que empreendeu
fuga.
Ainda
segundo relato dos militares, durante a perseguição, o acusado sacou uma arma de
fogo, apontando em direção a eles, que reagiram disparando contra Marcelo,
atingindo-o. No veículo foi apreendido um revólver calibre 38 com numeração
raspada.
A
família do empresário contestou a versão dos militares e afirmou que Marcelo
não possuía arma de fogo. Após a reprodução simulada da abordagem, a Polícia
Cientifica constatou que a arma foi implantada dentro do veículo do empresário.
Fonte:
Cada Minuto.
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