Ex-residente
participou de manifestação neste domingo (25).
Bolsonaro
negou que possa ter havido planejamento de golpe, justificando que a minuta
obtida pelas autoridades não seria uma quebra constitucional.
“Agora,
o golpe é porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando
a constituição? Tenha a santa paciência”, disse.
O
presidente defendeu também a constitucionalidade do estado de sítio, embora
tenha afirmado que não houve uso da medida durante seu governo.
“Deixo
claro que estado de sítio começa com o presidente da República convocando os
conselhos da República e da defesa. Isso foi feito? Não. Apesar de não ser
golpe, o estado de sítio não foi convocado por ninguém dos conselhos da
República e da Defesa para se tramar ou para se botar no papel a proposta do
decreto do estado de sítio”, afirmou.
“O
segundo passo do decreto do estado de sítio, após o presidente ouvir os
conselhos, ele manda uma proposta para o parlamento e essa proposta é analisada
pelo parlamento e é o parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar
um decreto de estado de sítio. O estado de defesa é semelhante. Ou seja, agora
querem entubar a todos nós que um golpe usando dispositivo da Constituição,
cuja palavra final quem dá é o parlamento brasileiro, estava em gestação”,
acrescentou.
A
operação Tempus Veritati, da Polícia Federal, foi deflagrada no último dia 8,
quando Bolsonaro e diversos de seus aliados foram alvo de mandados de busca e
apreensão. Na ocasião, a PF também cumpriu mandados de prisão e instituiu
medidas cautelares.
Na
decisão que autorizou a operação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes afirma que as investigações revelaram que “Bolsonaro
recebeu uma minuta de decreto apresentada por Felipe Martins e Amauri Feres Saad
para executar um golpe de Estado, detalhando supostas interferências do Poder
Judiciário no Poder Executivo e ao final decreta a prisão de diversas
autoridades, entre as quais os ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes,
além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e, por fim, determinava a
realização de novas eleições”.
Ainda
em 2023, a PF encontrou uma versão de minuta na casa do ex-ministro da Justiça
Anderson Torres. Já na operação mais recente, os agentes da polícia encontraram
um documento na sala de Bolsonaro na sede do PL.
Fonte:
CNN Brasil.
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