Foram
apreendidos 100 quilos de drogas; a investigação aponta que as organizações
criminosas movimentaram mais R$ 300 mi em contas bancárias.
Carros
de luxo, jetski, barco, avião, joias e dinheiro. Esse é o resultado parcial da
Operação Hades, deflagrada nesta quinta-feira (1º), pela Secretaria de
Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL). Cinquenta pessoas já foram presas em
Alagoas e mais 16 estados do país.
De
acordo com os dados apresentados, até o momento, além das dezenas de prisões,
as equipes policiais registraram a apreensão de bens valiosos, como mais de dez
carros de luxo, 60 relógios, joias, dezenas de smartphones, notebooks, tablets,
aparelhos eletrônicos, um cofre e milhares em cédulas de reais e pesos
colombianos.
Além
disso, na operação, que segue em andamento em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará,
Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco,
Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina e São
Paulo, também foi retirado de circulação uma embarcação, um jet-ski,
armamentos, como fuzis, carabinas e pistolas, 100 quilos de drogas e uma
aeronave.
Segundo
o diretor de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Polícia
Civil, delegado Igor Diego, o avião pertence a uma empresa de táxi aéreo do
Amazonas.
“Essa
aeronave, em outra ocasião, já foi também flagrada como transporte de cargas e
drogas. O proprietário dela, de forma suspeita, teve em um pouco espaço de
tempo um crescimento financeiro muito grande, o que leva diante das
investigações a acreditar que todos os valores investidos na empresa para
compra de aeronaves eram advindos do crime”, afirmou ele.
Conforme
as informações, foram verificadas movimentações financeiras de mais de R$ 300
milhões em contas bancárias e que muitos dos membros das duas organizações
criminosas ostentavam um elevado padrão de vida.
Para
o chefe-geral de Inteligência da SSP, delegado Gustavo Henrique, a operação
integrada ataca o poderio financeiro dos infratores, descapitaliza e
desmonetiza a atuação delinquente.
“Só
assim eles vão ter uma ideia de que o crime não compensa. Eles acabam perdendo
o patrimônio adquirido de forma ilícita e esse é um dos principais objetivos de
toda a ação, que começou lá atrás. A partir do acompanhamento dos dois casais,
que coordenavam o tráfico especialmente em bairros de Maceió, nós conseguimos
chegar aos distribuidores de drogas em estados como São Paulo e Pará e aos
fornecedores que são de regiões fronteiriças com os maiores produtores de
drogas do mundo”, disse.
O
delegado afirmou ainda que todos os bens apreendidos já foram sequestrados
através de decisão judicial. “E com a conclusão das investigações também iremos
pedir a perda definitiva dos materiais possivelmente adquiridos de forma
ilícita."
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