Dados
mostram mais de 7,7 mil casos graves e com sinais de alarme.
A
secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel
Maciel, alertou para o alto número de casos graves de dengue no país –
sobretudo entre idosos com algum tipo de comorbidade. A declaração foi dada
nesta quarta-feira (28) durante reunião com o Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
(Conasems).
“Esse
é nosso pior pico dos últimos anos”, disse Ethel. “Precisamos pensar em uma
entrada diferenciada para esses idosos no sistema de saúde. Uma porta de
entrada para diagnóstico inicial e, para os pacientes que já estão com dengue e
apresentaram piora no quadro, outro tipo de atendimento. Eles não podem
competir com todos os outros para serem avaliados”, disse. São mais de 7,7 mil
casos considerados grave e com sinais de alarme, conforme dados do ministério.
De
acordo com a secretária, apesar do aumento de casos graves, o país registra
menor letalidade provocada pela dengue. Os principais sorotipos que circulam no
Brasil neste momento, segundo ela, são o 1 e o 2, mas há registros do tipo 3 e
do 4. No ano passado, o principal sorotipo em circulação era o 2.
Durante
a reunião, em Brasília, a secretária lembrou que, em 2023, o pico da dengue foi
registrado entre o final de março e o início de abril. Em 2024, dados da pasta
mostram que os primeiros dois meses já ultrapassaram o total de casos
registrados durante o pico do ano anterior.
O
painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde registra, desde
1º de janeiro, 991 mil casos prováveis de dengue e 195 mortes confirmadas. Há
ainda 674 mortes em investigação. O índice de incidência, atualmente, é de 488
casos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Dia
D
No
próximo sábado (2), o Ministério da Saúde, em parceria com estados e
municípios, vai realizar o Dia D de combate à doença. Com o tema Brasil Unido
Contra a Dengue, serão realizadas ações de orientação para a população sobre os
cuidados para evitar a disseminação da doença, como eliminar os criadouros do
mosquito transmissor.
Vacinação
Em
entrevista nessa terça-feira (27), a ministra da Saúde, Nísia Trindade,
esclareceu que a vacina contra a dengue continuará a ser disponibilizada para
os municípios selecionados pela pasta para a faixa etária entre 10 e 14 anos.
Os imunizantes para as idades de 10 e 11 anos já foram distribuídos.
Segundo
ela, o quadro atual da vacinação no país não é uma resposta para a situação de
surto epidêmico, especialmente porque a vacina contra a dengue é composta por
duas doses, com três meses de intervalo entre elas.
O
laboratório Takeda, fabricante da vacina Qdenga, vai ampliar a produção das
doses por meio de um acordo com o laboratório indiano Biological, que passará a
fabricar 50 milhões de doses da Qdenga por ano. Com isso, a meta de entrega de
100 milhões de doses poderá ser atingida até 2030.
Fonte:
Agência Brasil.
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