Governador
discutiu com o ministro Paulo Teixeira a situação das terras que pertencem ao
grupo João Lyra.
O
governador Paulo Dantas se reuniu, nesta quarta-feira (7), em Brasília, com o
ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar,
para destravar a reforma agrária nas terras das usinas Laginha, em União dos
Palmares, e Guaxuma, em Coruripe. O grupo João Lyra decretou falência em 2008 e
deixou débitos milionários com trabalhadores e em impostos estaduais, federais
e previdenciários.
“Já
regularizamos, nos últimos anos, seis propriedades rurais para os movimentos
sociais e estamos regularizando mais cinco. Hoje, fazer a reforma nas terras
dessas duas usinas garante um avanço histórico para a agricultura familiar e
para trazer desenvolvimento rural em Alagoas”, declarou o governador ao
ministro.
O
ministro Paulo Teixeira afirmou que unir ações do Estado e União deve ser o
melhor caminho para uma solução rápida, e pediu celeridade à própria equipe
para evitar “reintegração de posse nesta área”.
Já o
líder da bancada federal alagoana, Paulão (PT), destacou que o governo alagoano
tem sido incansável em buscar soluções para a reforma agrária. “Não conheço na história um governador que
assumiu uma pauta da reforma agrária para buscar uma solução como o governador
Paulo Dantas. Esta reunião aqui em Brasília é mais uma prova do comprometimento
do Governo em uma das questões mais complicadas quando tratamos de um processo
falimentar”, avaliou Paulão.
No
que se refere ao processo falimentar do Grupo João Lyra, a Procuradoria Geral
do Estado (PGE) tem atuado de forma responsável, compreendendo todos os pontos
legais do processo, que já ultrapassou 111 mil páginas, para ter respaldo em
ações que atendam às demandas das famílias e movimentos sociais que reivindicam
os seus direitos.
Para
Jaime Silva, diretor-presidente do Instituto de Terras e Reforma Agrária de
Alagoas (Iteral), existe a necessidade de um entendimento imediato entre a
administração da Massa Falida, superintendência do Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária em Alagoas (Incra), e movimentos sociais para
administrar da melhor forma a problemática das reintegrações de posse, que
podem acontecer a partir de março deste ano.
Representando
o Movimento Sem Terra (MST), Débora Nunes destacou que os trabalhadores e
famílias que lutam pela reforma agrária estão convivendo com ordens de
reintegração de posse e a baixa resolutividade do Incra/AL nas áreas incluídas
na massa falida do Grupo João Lyra. Da parte do MST, ressalta a liderança, não
há como destravar qualquer demanda com a superintendência do instituto no
estado.
Já o
presidente nacional do Incra, César Aldrighi, se comprometeu em reavaliar as
situações apresentadas pelo MST durante a reunião no Ministério do
Desenvolvimento Agrário.
Representatividade
– A reunião em Brasília contou a participação do governador Paulo Dantas, do
ministro Paulo Teixeira, do presidente nacional do Incra, César Aldrighi, dos
secretários Gabriel Albino (Planejamento), Vitor Pereira (Governo), Renata
Santos (Fazenda), da procuradora Geral do Estado, Samya Suruagy, do presidente
do Iteral, Jaime Silva e representantes dos movimentos agrários MST, Comissão
da Pastoral da Terra (CPT), Frente Nacional de Luta (FNT) e Movimento de
Libertação dos Sem
Por:
Agência Alagoas
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