De
acordo com o delegado, a polícia acredita que essa rede de apoio estaria
enviando dinheiro ao acusado e plantando informações falsas sobre o paradeiro
dele para confundir o trabalho de investigação.
A
Polícia Civil de Alagoas investiga se Leandro Pinheiro Barros, que confessou
ter matado Mônica Cavalcanti em São José da Tapera, no Sertão de Alagoas,
contou com uma rede de apoio para escapar do cerco policial e fugir para a
cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, local onde foi preso na última
quarta-feira (3). A informação foi confirmada à reportagem da TV Pajuçara pelo
delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência da PC-AL.
De
acordo com o delegado, a polícia acredita que essa rede de apoio estaria
enviando dinheiro ao acusado e plantando informações falsas sobre o paradeiro
dele para confundir o trabalho de investigação.
"Leandro
nega ter recebido ajuda, mas tudo indica que ele teve todo um apoio para fugir
e continuar foragido. Acreditamos que essa rede de apoio enviou dinheiro e
informações para Leandro. Inclusive, acreditamos que essa rede espalhou vários
boatos sobre o paradeiro dele, e tivemos que lidar com isso ao curso das
investigações. Eram boatos que ele estaria frequentando festas e eventos. Essas
falsas informações tinham como objetivo confundir as investigações. Leandro
também contava com essa rede para se manter na Bolívia, já que ele não tinha
emprego formal na cidade onde estava escondido", explicou o delegado.
Apesar
de citar que Leandro recebeu ajuda, o delegado não detalhou quem seriam as
pessoas que contribuíram para que ele ficasse foragido por quase 10 meses. Até
o momento, o que se sabe é que ele chegou à cidade de Santa Cruz de La Sierra
poucos dias após cometer o feminicídio contra Mônica Cavalcanti, em junho de
2023.
"Leandro
chegou na cidade de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, pouco tempo depois de
cometer o crime. Ele já mantinha uma nova vida, estava com um novo
relacionamento amoroso. Tudo isso logo após acabar com a vida da sua esposa e
com a família dos dois filhos. Todo o trabalho para a prisão de Leandro foi
realizado de uma forma bastante técnica. Ele foi monitorado durante dias, e a operação
foi executada de forma em que ele não tivesse possibilidade de fuga e nem de
reação. Tudo foi feito de forma tranquila. Ele confessou o crime, disse que
estava bêbado na noite do feminicídio", detalhou Thales Araújo.
A
prisão de Leandro Pinheiro Barros contou com apoio de agências de inteligência
de outras corporações do Brasil e da Bolívia. Escoltado por agentes da Polícia
Civil de Alagoas, ele foi transferido para Maceió e desembarcou na madrugada do
último sábado (6).
O
caso:
- O
crime ocorreu no dia 18 de junho deste ano. Testemunhas disseram que o casal
Leandro Pinheiro Barros e Mônica Cavalcante estava discutindo em uma festa
junina na cidade.
- Horas
antes do crime, Mônica gravou um vídeo chorando, dizendo que estava sendo
perseguida pelo marido e que temia pela vida.
- No
vídeo, ela diz que se algo lhe acontecesse, a responsabilidade era do marido,
principal acusado do crime.
- Segundo
os autos, o homicídio foi praticado por motivo torpe (ciúmes), sentimento de
posse e desprezo à vida da companheira, dificultando sua defesa e demonstrando
frieza na execução do ato.
- Além
de ter sido indiciado pela Polícia Civil, Leandro já foi denunciado pelo
Ministério Público de Alagoas. O juiz Leandro Folly, titular da Comarca de São
José da Tapera, também decretou a prisão preventiva dele.
Fonte:
TNH1.
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