Aeronave particular de pequeno porte desapareceu após sair do aeroporto de Jundiaí, com destino ao Campo de Marte, na capital paulista; apenas piloto estava no avião. Corpo dele foi encontrado na manhã de sábado (30).


A queda de um avião na Serra do Japi, em Jundiaí (SP), que resultou na morte do piloto Angelo Chaves Pucci, de 44 anos, mobilizou, por dois dias, uma força-tarefa que envolveu bombeiros, policiais militares, agentes federais da Força Aérea Brasileira (FAB) e equipes da Guarda Municipal e Defesa Civil.

A aeronave pilotada por Ângelo desapareceu na noite de quinta-feira (28). Os agentes que fizeram buscas por terra chegaram até os destroços e ao corpo do piloto na manhã de sábado (30). Veja abaixo o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso:

Como foi o acidente?

O avião caiu na noite de quinta-feira, após sair do aeroporto de Jundiaí com destino ao aeroporto Campo de Marte, na capital paulista.

Havia óleo na pista do aeroporto da capital paulista, por isso a aeronave não pousou e retornou para Jundiaí, quando desapareceu, segundo o Comando de Aviação da Polícia Militar.

O último contato realizado, via rádio, foi quando a aeronave sobrevoava a Serra do Japi, ainda segundo a polícia.

Quem estava no avião?

Segundo a polícia, apenas o piloto Angelo Chaves Pucci, de 44 anos, estava na aeronave.

Onde foi o acidente?

A aeronave caiu em uma área de mata fechada, com terreno íngreme, na Serra do Japi. Segundo as equipes de resgate, o local onde os destroços foram encontrados fica a cerca de 7 km do aeroporto de Jundiaí.

Quem participou das buscas?

As buscas foram feitas por bombeiros, policiais militares, agentes federais da Força Aérea Brasileira (FAB) e equipes da Guarda Municipal e Defesa Civil.

A FAB informou que foi notificada sobre o desaparecimento do avião e que duas aeronaves foram colocadas à disposição da força-tarefa. Na sexta-feira (29), o Helicóptero Águia da Polícia Militar também foi acionado e apoiou nas buscas, além da Defesa Civil, bombeiros, Guarda Municipal de Jundiai - Divisão Florestal.

Como encontraram o avião?

As equipes de resgate identificaram o local aproximado por onde o avião teria passado e desaparecido. Com sobrevoos na área, policiais encontraram, na sexta-feira, os destroços em uma clareira na mata fechada.

Com a localização, uma equipe por terra conseguiu chegar ao local, um dia depois. O corpo do piloto foi achado entre os destroços.

O que causou a queda do avião?

Até a manhã deste domingo (31), não havia informações sobre o que causou a queda do avião na Serra do Japi.

Os materiais coletados no local das buscas foram encaminhados ao aeroporto de Jundiaí a pedido da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que cuida do caso.

A investigação também é feita por agentes do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Quais as informações sobre a aeronave?

A aeronave é uma Piper Aircraft, prefixo PT-WLP, fabricada em 1995 e com capacidade para seis pessoas. O bimotor estava com documentação em dia e em condições de aeronavegabilidade, conforme a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O avião pertence e é operado pela empresa HKTC do Brasil S.A.

O que diz a empresa dona do avião?

Em nota, a HKTC, empresa proprietária da aeronave, lamentou a situação e que acompanhava informações sobre as buscas. "Informamos que o piloto era o único tripulante e que no momento fazia o traslado da aeronave. Trata-se de piloto experiente, pelo qual temos profundo respeito e gratidão", diz.

"Conforme já divulgado pela imprensa, a aeronave encontra-se em estado regular e perfeitas condições de aeronavegabilidade", completou.

Após a confirmação da morte do piloto, a empresa divulgou nova nota. "A empresa HKTC do Brasil S/A recebeu a confirmação do óbito do nosso comandante Ângelo Chaves Pucci, de 44 anos. A família HKTC está em luto. Ângelo era um profissional exemplar, responsável, comprometido e apaixonado por aviação. A perda é imensurável! Nesse momento estamos totalmente votados a prestar a assistência necessária à família do Ângelo. A empresa lamenta profundamente o ocorrido."

O que diz a empresa que administra o aeroporto?

Segundo a Rede VOA, que administra o Aeroporto Estadual de Jundiaí Rolim Amaro, o avião chegou ao local no dia 27 de março de 2024, às 18h13, e decolou no dia 28 de março de 2024, 20h15.

Próximo ao Campo de Marte, onde deveria pousar, informou ao controle que iria retornar ao Aeroporto de Jundiaí devido à inoperância do aeroporto da capital.

"Pela manhã, foi constatado que aeronave em questão não havia chegado ao destino, iniciando então contatos com os órgãos públicos visando esclarecimento dos fatos", diz a VOA.

A instituição afirma que se colocou à disposição junto aos órgãos públicos, coordenando em tempo real a troca de informações através de seu Centro de Controle Operacional.

Quem é a vítima?

Ângelo Chaves Pucci, de 44 anos, era de Goiânia (GO). Ele se formou em direito na Pontifícia Universidade Católica, em Goiânia.

O piloto trabalhava para uma empresa multinacional sediada em Hong Kong. Segundo a empresa, Ângelo era um piloto experiente.

Fonte: G1.