Mais de 90% do rebanho do
estado foi vacinado em etapa da campanha antecipada, por determinação do
Ministério da Agricultura e Pecuária, para o mês de abril.
Com a união de esforços do
poder público – estado e municípios – e do setor produtivo, Alagoas ultrapassou
o índice mínimo de cobertura vacinal de 90% exigido pelo Ministério da
Agricultura e Pecuária (Mapa) na etapa da campanha de vacinação contra a febre
aftosa ocorrida em abril passado.
O percentual foi alcançado
antes do encerramento do prazo final determinado pelo Mapa para a declaração,
nesta quarta-feira, dia 15 de maio. Vale destacar que o índice de cobertura
vacinal pode ser ainda maior após a computação final dos dados pela Agência de
Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal).
De acordo com a Adeal, o
rebanho alagoano é formado por mais de 1,3 milhão de animais de todas as
idades, bovinos e bubalinos.
ANTECIPADA
A etapa de abril da campanha
de vacinação contra a febre aftosa foi antecipada pela Adeal por determinação
do Mapa, atendendo a um pleito feito pelo Estado de Alagoas e que contou com o
engajamento pessoal do governador Paulo Dantas, aliado a demais entidades do
setor produtivo, a exemplo da Federação da Agricultura e Pecuária no Estado de
Alagoas (Faeal) e da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA).
A vacinação foi realizada no
período de 15 a 30 de abril. A exceção de etapas passadas, quando a campanha perdura
pelo período de um mês, os criadores tiveram apenas 15 dias para vacinar todo o
rebanho, não havendo prorrogação.
A antecipação da vacinação
atendeu as normas estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária,
revistas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre
Aftosa (PE PNEFA) para ser executado em um período de dez anos, iniciado em
2017 e previsto para ser encerrado em 2026.
ZONA LIVRE
Mas, com o fim da última
imunização contra febre aftosa para Alagoas e mais 11 estados, além de parte do
estado do Amazonas, o Brasil avançou no PE-PNEFA e se tornou totalmente livre
da doença sem vacinação. Com isso, não haverá barreiras entre Alagoas e os
demais estados que avançaram juntos e que são considerados grandes parceiros
comerciais e de relação de trânsito de eventos dos criadores alagoanos.
O anúncio autodeclaratório
da evolução da situação sanitária do país foi feito pelo ministro da
Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, ao lado do vice-presidente da República
e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin,
no dia 2 de maio.
A ação, que é parte do
processo para o reconhecimento internacional pela Organização Mundial de Saúde
Animal (OMSA), representa o fim do ciclo de vacinação, iniciado há mais de 50
anos e o reconhecimento da qualidade da produção pecuária nacional e da
qualidade do Serviço Veterinário Oficial.
A última ocorrência da
doença em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas
livres, que deram sustentação ao desataque do país como líder mundial no
comércio de proteína animal, em bases sustentáveis. Ao erradicar a febre aftosa
e se consolidar como país livre da doença sem vacinação, o Brasil fortalece sua
posição no mercado internacional, aumentando a confiança dos consumidores e dos
parceiros comerciais na qualidade e na segurança dos produtos de origem animal
brasileiros.
INTERNACIONAL
O reconhecimento
internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao
país é feito pela Organização Mundial de Saúde Animal - OMSA. Para isso, a
Organização exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição
de ingresso de animais vacinados nos estados por, pelo menos, 12 meses.
O Brasil prevê apresentar o
pleito ao reconhecimento para à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto
de 2024. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante
assembleia geral da entidade. O reconhecimento como sem vacinação abre caminhos
para que os produtos pecuários oriundos destes estados possam acessar os
mercados mais exigentes do mundo.
Atualmente, apenas os
estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes
do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre
de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Fonte: Agência Alagoas.
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