Foi determinado o sequestro
de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados.
Policiais militares da Bahia
e Pernambuco, CACs e lojistas são alvos de uma operação da Polícia Federal (PF)
realizada nesta terça-feira (21), por suspeita de integrar uma organização
especializada em vender armas e munições ilegais para facções criminosas nos
dois Estados e em Alagoas.
Durante a operação, são
cumpridos 20 mandados de prisão e 33 de busca e apreensão.
A ação integrada é realizada
pela PF e pelo Ministério Público da Bahia. A operação conta com apoio da
Polícia Civil da Bahia, das Polícias Militar da Bahia e de Pernambuco, além do
Exército Brasileiro.
As cidades do cumprimento
dos mandados são Juazeiro (BA), Salvador (BA), Santo Antônio de Jesus (BA),
Porto Seguro (BA), Lauro de Freitas (BA), Petrolina (PE) e Arapiraca (AL).
Foi determinado também o
sequestro de bens e bloqueio de valores de até R$ 10 milhões dos investigados,
além da suspensão da atividade econômica de três lojas localizadas em Juazeiro,
Petrolina e Arapiraca, que comercializavam material bélico de forma irregular.
Durante a deflagração da
operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas que vendem armas,
munições e acessórios controlados nos municípios de Juazeiro, no norte da
Bahia, e Petrolina, no Sertão de Pernambuco.
Os investigados responderão
pelos crimes de organização criminosa, comercialização ilegal de armas e
munições, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, com penas somadas que
podem chegar a 35 anos de reclusão.
DENOMINAÇÃO
A operação foi denominada
"Fogo Amigo". Segundo a PF, o nome faz alusão ao fato de que os
policiais integrantes da organização criminosa vendem armas e munições de forma
ilegal para criminosos faccionados, que acabam sendo utilizadas contra os
próprios órgãos de segurança pública.
A Polícia Federal informou que o caso continuará a ser investigado na tentativa de descobrir a real amplitude da suposta organização criminosa e identificar outros integrantes.
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