O exame revelou a presença
de metabolitos da cocaína no sangue e na urina de Thamiris, indicando o uso da
droga antes do crime. O resultado da análise toxicológica foi anunciado pelo
chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart.
O Instituto de
Criminalística de Maceió divulgou, nesta terça-feira, 30, o resultado do exame
toxicológico de Thamiris Oliveira Braga, presa em flagrante acusada de matar a
própria filha, Laura Maria Nascimento Braga, de apenas 7 anos de idade.
O exame revelou a presença
de metabolitos da cocaína no sangue e na urina de Thamiris, indicando o uso da
droga antes do crime. O resultado da análise toxicológica foi anunciado pelo
chefe do Laboratório de Química e Toxicologia, perito criminal Thalmanny Goulart.
Ele explicou que foram
analisadas amostras de sangue e urina coletadas no Instituto Médico Legal
(IML), três dias após o crime, quando a acusada já se encontrava custodiada
após ser presa em flagrante. O material foi analisado através da técnica de cromatografia
líquida acoplada à espectrometria de massas.
“Foi identificado no sangue
a presença de cocaína e um produto do seu metabolismo que é a benzoilecgonina.
A análise também detectou a presença desse mesmo metabólito na urina.
Considerando que Thamiris estava custodiada, mesmo a coleta tendo sido
realizada três dias após o fato imputado a ela, foi possível detectar a
presença da cocaína e um dos seus produtos de metabolismo, visto que a Polícia
Científica dispõe de um equipamento de alta sensibilidade capaz de detectar
essas substancias”, afirmou o perito criminal.
Thalmanny Goulart confirmou
ainda que foi encontrada também a substância lidocaína, um anestésico local,
comumente presente na cocaína como adulterante, por esse motivo, pode inferir
que a lidocaína encontrada é oriunda também do consumo da cocaína. Estudos
mostram que a mistura do entorpecente com o fármaco provoca efeitos graves
decorrentes de alterações no sistema nervoso central.
O caso
Laura Maria foi atingida por
golpes de arma branca na casa da família em Rio Largo no dia 6 de julho.
Familiares e vizinhos escutaram os pedidos de socorro da criança, mas quando
eles conseguiram entrar no imóvel, já encontraram a menina ferida. Ela chegou a
ser socorrida para um hospital da cidade, onde entrou óbito.
No IML de Maceió, o exame
cadavérico realizado pelo perito médico-legista Joelson Rodrigues confirmou que
Laura Maria foi vítima de choque hemorrágico. A necropsia constatou lesões
perfuro-cortantes nas regiões cervical, torácica e da cabeça e equimoses
provocadas por lesões contusas na região da face, cabeça, pescoço e no flanco
esquerdo do corpo da menina.
Os peritos criminais Yuri
Atayde e Marina Lacerda Mazanek, responsáveis pela perícia de local no dia
crime, explicaram que estiveram no hospital onde o corpo da criança estava e na
casa onde aconteceu o homicídio. Mesmo com a cena do crime alterada, devido à
necessidade de tentar salvar a vítima, eles encontraram sangue em todos os
cômodos, com maior concentração de sangue no banheiro e na cama da menina.
Todos os laudos periciais,
oriundos dos exames realizados pelos Institutos da Polícia Científica de
Alagoas, foram encaminhados para a Delegacia de Homicídios de Rio Largo,
responsável pelo inquérito policial. A resposta conclusiva e rápida com
resultados precisos e confiáveis do Laboratório do IC tem sido fundamental para
a solução de diversos delitos, como neste crime de homicídio.
Por: cadaminuto.com.br
0 Comentários