A reportagem acusa o governo
estadual de contratar irregularmente uma empresa privada para fornecer uma plataforma
de aprendizagem aos mais de 30 mil estudantes alagoanos que prestarão o Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2024, sem a formalização de qualquer
contrato entre o governo e a empresa.
O deputado federal Alfredo
Gaspar (União - Alagoas) protocolou nesta quarta-feira (14), com base na Lei de
Acesso à Informação, um ofício pedindo esclarecimentos à Secretaria de Educação
de Alagoas, em resposta a uma grave denúncia publicada pelo site Intercept
Brasil. A reportagem acusa o governo estadual de contratar irregularmente uma
empresa privada para fornecer uma plataforma de aprendizagem aos mais de 30 mil
estudantes alagoanos que prestarão o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em
2024, sem a formalização de qualquer contrato entre o governo e a empresa.
A denúncia revela ainda que
a empresa, que deveria estar proibida de realizar negócios com o poder público,
estaria utilizando e coletando dados pessoais de alunos e professores das
séries finais do Ensino Médio e do Ensino de Jovens Adultos de forma irregular,
em violação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
"Pior do que a violação
da LGPD é que essa empresa, segundo a reportagem, não tem contrato formalizado
com o governo do estado. E esse “acordo”, quanto custou ao sofrido tesouro
estadual? Portanto, o Ministério Público Estadual e Federal precisa investigar
imediatamente esse caso e, se for verdade, se houver aí um arrumadinho, precisa
botar na cadeia quem desviou recurso público", declarou Alfredo Gaspar.
No ofício, o deputado exige
respostas sobre a existência de contratos entre a Secretaria de Educação de
Alagoas e as empresas Inca Tecnologia, Editora Verde e DevSkin Desenvolvimento
de Softwares, além de cópias integrais desses contratos e informações sobre os
valores envolvidos. Alfredo Gaspar também solicita detalhes sobre a política de
privacidade da plataforma e os termos de consentimento apresentados a docentes
e alunos.
A Secretaria de Educação de
Alagoas tem até 20 dias para responder ao pedido, prazo que pode ser prorrogado
por mais 10 dias mediante justificativa, conforme determina a Lei de Acesso à
Informação.
Por: Assessoria
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