Caso ocorreu no dia 28 de
julho em Poços de Caldas. Vítima estava sem documentos no dia do crime e só foi
identificada após contato da família. Suspeita foi presa em clínica terapêutica
no interior do RJ.
O relacionamento entre Pedro
Granato Oliveira, de 34 anos, e Natasha Cristina Curimbaba, de 22, teria
começado há pelo menos dois meses, segundo a Polícia Civil. O representante
comercial foi morto a facadas no fim de julho, em Poços de Caldas (MG). A
principal suspeita, namorada dele, foi presa em uma clínica terapêutica em
Petrópolis (RJ) nesta semana.
De acordo com a Polícia
Civil, a motivação do crime ainda não foi esclarecida. A suspeita, que já tinha
registros na polícia por esfaquear o ex, a mãe dele e uma amiga, deve ser ouvida
na próxima semana.
Segundo os policiais, tanto
a suspeita quanto a vítima são usuários de drogas. Durante as investigações,
foram encontrados restos de drogas no apartamento do homem.
Veja abaixo o que se sabe
sobre o caso:
Pedro Granato Oliveira, de
34 anos, morreu após ser esfaqueado na noite de domingo (28). Natasha Cristina
Curimbaba, de 22 anos, é a principal suspeita do crime. Eles estariam juntos há
pelo menos dois meses.
Segundo a Polícia Civil, o
casal passou o domingo juntos fazendo churrasco e depois foram ao Morro do
Chapéu, no Parque Vivaldi Leite Ribeiro, onde o crime ocorreu.
“Investigações apontam que o
casal teria deixado o condomínio onde residia minutos antes do crime. Eles
teriam ido, no veículo da vítima, em direção ao local dos fatos - uma área
aberta com visão privilegiada da cidade, onde normalmente as pessoas vão para
observar o pôr ou nascer do sol, e fazer uso de drogas e bebidas alcoólicas”,
informou.
Imagens de câmera de
segurança mostram o momento em que o homem escorregou por um barranco até cair
perto da árvore. Neste momento, ele já havia sido ferido no pescoço, axila e
mão. Moradores chegaram a chamar o SAMU, mas o homem morreu ainda no local.
Segundo levantamentos da
polícia, a suspeita retornou sozinha para o condomínio poucos minutos após a
vítima ser localizada ainda com vida por testemunhas que passavam de carro pelo
local.
Quem era a vítima?
Pedro Granato Oliveira tinha
34 anos e era natural de Poços de Caldas (MG). Ele trabalhava como
representante comercial e era pós-graduado.
"Pedro, para todo mundo
que conhece, era uma pessoa muito querida, uma pessoa muito amada, onde você
passa e ele tinha muitos conhecidos, muitos amigos, moradores, funcionários,
todo mundo tinha respeito, admiração pelo Pedro nesse local", disse André
Granato Oliveira, irmão dele.
No dia do crime, Pedro foi
encontrado sem documentos e pertences pessoais. Ele foi identificado pela
polícia dois dias depois, na terça-feira (30), após a família comunicar o
desaparecimento e a empresa informar a ausência dele no trabalho.
O corpo de Pedro Granato
Oliveira foi sepultado no dia 31 de julho no Cemitério da Saudade, em Poços de
Caldas.
Prisão em clínica
psiquiátrica
Natasha Cristina Curimbaba
foi presa preventivamente na última terça-feira (6). De acordo com a Polícia
Civil, o mandado de prisão temporária foi cumprido em uma clínica psiquiátrica
na cidade de Petrópolis (RJ).
“Nós tentamos contato para
fazer oitiva, esclarecimentos com a suspeita na semana passada, porém os
advogados compareceram na delegacia informando que ela estava passando por
problemas psicológicos”, relatou o delegado Cleyson Brene.
A Polícia Civil então
representou pelo mandado de prisão temporária – de 30 dias – para produzir mais
elementos informativos e probatórios contra a suspeita. “São várias as
diligências que precisam ser realizadas”, informou.
Com apoio da equipe policial
de Petrópolis, Natasha foi rastreada, localizada e presa. A jovem deu entrada
no presídio de Poços de Caldas. Segundo a Polícia Civil de Poços de Caldas, ela
deve ser ouvida nos próximos dias. A defesa dela não se manifestou publicamente
devido ao sigilo da investigação.
Histórico da suspeita
Antes de se tornar suspeita
pela morte do namorado, Natasha Cristina Curimbaba já havia esfaqueado um
ex-namorado, a mãe dele e uma amiga em ocorrências anteriores. Nos dois casos
anteriores, a Polícia Militar registrou que ela poderia estar em surto
psicótico.
"Chamou a atenção
porque o ‘modus operandi’ perpetrado nessas três situações foi o mesmo, porque
o golpe – um dos golpes fatais da vítima do último dia 28 – seria um golpe de
arma branca na garganta", informou o delegado.
Além desses casos, Natasha
também tem passagens na Polícia Militar por envolvimentos com drogas.
Investigação
O material genético coletado
no local do crime, em Poços de Caldas (MG), será analisado em Belo Horizonte
(MG). Segundo a Polícia Civil, a perícia foi fundamental para o avanço da
investigação.
De acordo com os policiais,
tanto a suspeita quanto a vítima são usuários de drogas. Durante as
investigações, foram encontrados restos de drogas no apartamento de Pedro.
Além das provas coletadas, o
depoimento de Natasha é considerado crucial para esclarecer as circunstâncias e
a motivação do crime.
O delegado Cleyson Brene não
descarta a possibilidade de uma reconstituição do crime, se necessário.
“Eventualmente, podemos
pensar numa diligência de reconstrução da dinâmica do fato na reconstituição do
crime, se a defesa assim entender necessário", explicou.
Fonte: g1.
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