Fotos obtidas pela Polícia
Civil do RJ e divulgadas no primeiro episódio da série especial Territórios do
Crime, da TV Pajuçara, mostram o traficante alagoano "desfrutando" do
luxo e poder, ambos conquistados com o tráfico de drogas, em uma badalada praia
de Angra dos Reis, no Litoral Sul fluminense.
Foragido da Justiça e
apontado como líder de uma Facção Criminosa que comanda o tráfico de drogas nas
regiões da Cambona, Levada e Vila Brejal, em Maceió, o traficante alagoano José
Emerson da Silva, conhecido como "Nem Catenga", que desde o ano de
2016 vive escondido no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, tem ostentado uma
vida de luxo em praias do território fluminense.
Fotos obtidas pela Polícia
Civil do RJ e divulgadas no primeiro episódio da série especial Territórios do
Crime, da TV Pajuçara, mostram o traficante alagoano "desfrutando" do
luxo e poder, ambos conquistados com o tráfico de drogas, em uma badalada praia
de Angra dos Reis, no Litoral Sul fluminense. Nas fotos, o traficante aparece
em uma lancha e também aproveitando a piscina de um hotel.
Ainda de acordo com as
investigações, Nem Catenga, que recentemente teria enviado um fuzil T4, da
marca Taurus, do estado do Rio de Janeiro para a capital alagoana, conquistou o respeito da cúpula do Comando
Vermelho (CV), facção criminosa que domina o tráfico de drogas em diferentes
regiões do país. Junto com a cúpula da facção, o traficante alagoano usava um
espaço de lazer construído pelo tráfico de drogas dentro da comunidade carioca,
que contava com piscina e área gourmet.
Em uma operação recente, as
forças policiais do Estado do Rio de Janeiro teriam descoberto, dentro do
Complexo do Alemão, o local onde Nem Catenga estava se escondendo. Na
residência, a polícia encontrou uma cadeira de rodas para banho e uma grande
quantidade de remédios. Para os agentes, o cenário encontrado na casa indicia
que o traficante foi baleado em uma operação.
"As entradas nessas
comunidades são muito difíceis. Hoje, enfrentamos muitas barricadas que impedem
a entrada dos veículos blindados. Muitas vezes, quando conseguimos chegar no
endereço ou localidade onde vivem esses traficantes, eles já conseguiram
escapar. Foi o caso da última investida, onde o Nem Catenga estava ferido.
Conseguimos identificar isso pela estrutura que estava dentro da casa. Ele e a
esposa conseguiram fugir do local antes da chegada da polícia", explicou o
coronel Uirá do Nascimento, subsecretário de inteligência da PM-RJ, em
entrevista à reportagem da TV Pajuçara.
A Polícia Civil de Alagoas
informou que, atualmente, existem quatro mandados de prisão em desfavor de Nem
Catenga. Os mandados, expedidos pela Justiça de Alagoas, incluem os crimes de
homicídio, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas e organização
criminosa.
Quem é Nem Catenga
Conhecido como Nem Catenga,
José Emerson da Silva, de 40 anos, é uma figura conhecida das forças de
segurança do estado de Alagoas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública
do Estado (SSP-AL), o criminoso possui cinco mandados de prisão em aberto e
teria fugido para o Rio de Janeiro, onde estaria se escondendo e recebendo
apoio da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
A primeira prisão de Nem
Catenga aconteceu em 2008. À época, ele foi apontado como mandante de diversos
homicídios e latrocínios, além de integrar, ao lado do pai, uma quadrilha
liderada por Caetano, que é irmão dele. A polícia descobriu que a família de
Nem Catenga havia montado uma estrutura criminosa organizada, que foi criada
por José Júlio de Oliveira, o Zé Moreno, de 65 anos, pai de Nem e Caetano. O
grupo ainda contava com outros subordinados.
Um dos filhos de Zé Moreno,
Adriano Oliveira dos Santos, vulgo "Caetano", foi considerado um dos
mais articulados assaltantes de banco do estado. Com histórico de prisões em
presídios federais, Adriano foi morto em uma operação das forças policiais de
Alagoas, em março de 2016. A ação também
levou à prisão de 17 pessoas, todas apontadas como integrantes da quadrilha do
traficante. As investigações apontaram que o bando de Adriano havia
comercializado cerca de 500kg de maconha nos dois primeiros meses daquele ano.
Ainda em 2016, Nem Catenga,
que estava preso quando o irmão foi morto, foi colocado em liberdade e, desde
então, fugiu para a capital fluminense, onde estaria vivendo no Complexo do
Alemão. A favela é comandada pela facção criminosa Comando Vermelho, que
estaria dando apoio ao traficante alagoano.
Fonte: TNH1 com TV Pajuçara.
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