Aldair Rodrigues, 30 anos, foi vítima de violência na noite de sexta-feira, 15, por três homens que deram murro, chutes e um pedaço de madeira.
O Conselho Municipal dos Direitos Humanos de Delmiro Gouveia (CMDH), emitiu uma nota de repúdio sobre o episódio envolvendo um homossexual que foi agredido na noite da última sexta-feira, 15, no calçadão do comércio no centro da cidade de Delmiro Gouveia, no Alto Sertão de Alagoas.
Aldair Rodrigues, 30 anos, é morador de rua e teria sido espancado por três homens que utilizaram um pedaço de madeira para agredi-lo, além de socos e chutes. Três pessoas que passavam pelo local, entre elas, o jovem “João se arrependa”, interviram e cessaram as agressões.
Os suspeitos tentaram fugir, mas foram capturados e presos por equipes da Guarda Civil Municipal (GCM).
O jovem foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), e encaminhado ao Hospital Regional do Alto Sertão (HRAS), onde recebeu atendimento médico e foi liberado no dia seguinte.
O caso será investigado pela Polícia Civil, os envolvidos foram liberados após audiência de custódia e devem responder em liberdade.
Confira na íntegra:
É com indignação, que o Conselho Municipal dos Direitos Humanos de Delmiro Gouveia, vem manifestar repúdio ao ato de violência praticados contra a transexual identificada como Aldair Rodrigues, ocorrido na última sexta do mês de novembro (15), no bairro do centro, em Delmiro Gouveia. É inadmissível o fato de
uma pessoa em situação de rua ser agredida de forma brutal por sua condição social, orientação sexual e identidade de gênero.
A crueldade demonstra a verdadeira face da violência perpetrada contra o público LGBTQIAP+ enraizada em nossa cultura e nas diversas relações que compõem nossa sociedade. A LGBTfobia é, em uma triste constatação institucional, a falta do respeito que, minimamente, deve ser dado a todos os cidadãos.
Os constantes casos de violência, retratados ou não pela imprensa, registrados ou não nas delegacias, ferem os direitos humanos e afetam não somente o público LGBTQIAPN+, mas também o humano como um todo. Em combate a isso, necessário chamar a atenção para a Declaração Universal dos Direitos Humanos e
seus artigos 2º , 3º e 5º que preveem, para todos sem exceção, o direito à igualdade, à vida e segurança pessoal, além da proibição da tortura e do tratamento desumano.
Chama-se, portanto, a atenção da sociedade para esse ataque, pois é sabido que não se trata de um caso isolado. Pelo contrário, o fenômeno é bem maior, pois coage lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em proporções nacionais e até globais, sendo necessárias respostas e soluções das diferentes instâncias sociais.
Segundo dados do Disque 100, que é um canal de denúncias do Governo Federal, de 2011 a 2015, quase 9 mil (8.800) denúncias relativas à discriminação LGBT foram registradas. Precisamos fazer valer os direitos humanos e constitucionais.
Assim, em face das liberdades individuais, o Conselho Municipal de Direito Humanos repudia toda e qualquer violência de gênero, especialmente aquela praticada contra a população LGBT, e reforça seu compromisso de luta para que os direitos sejam garantidos a todas as pessoas, sem discriminação. Os
suspeitos foram devidamente abordados, detidos e encaminhados para a devida averiguação.
A Paciente foi atendida e liberada em seguida, acompanhada dos policiais e da guarda municipal. Solicitamos da polícia civil o devido apuramento do caso e a punição dos envolvidos no crime.
1 Comentários
Deveria mostrar a cara dos agressores para ficarem conhecidos.
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