As vítimas, o 1º sargento da Polícia Militar José Ailton Ramos de Oliveira, de 53 anos, e o sargento Braulino Santos Santana, de 48 anos, foram mortos em São José da Tapera, Sertão de Alagoas.



E a semana começa com muita expectativa para o início dos depoimentos das testemunhas, principalmente dos militares, que estiveram no local onde dois sargentos da Polícia Militar, lotados no 7º Batalhão da PM, foram mortos na manhã do último dia 10.

As vítimas, o 1º sargento da Polícia Militar José Ailton Ramos de Oliveira, de 53 anos, e o sargento Braulino Santos Santana, de 48 anos, foram mortos em São José da Tapera, Sertão de Alagoas.

Os dois militares teriam sido alvejados por um outro militar, lotado no Pelotão de Operações Especiais (Pelopes), também do 7º BPM e que está preso. Sobre as circunstâncias que as mortes aconteceram, embora existam diversas especulações, ainda não foram reveladas pelas autoridades.

Por decisão da direção-geral da Polícia Civil o duplo crime será investigado pelos delegados Daniella Andrade, titular da 2ª Delegacia Regional (2ª DRP), de Santana do Ipanema e Diego Nunes, do 38º Distrito Policial (38º DP), de Tapera.

Envolta de muitas dúvidas para a sociedade, os delegados já sabem que o epicentro das mortes dos policiais é o município de São José da Tapera. A certeza é diante das prisões de três homens. O comerciante P. A. de L. V., que é filho de um importante politico do município e seus amigos, J. W. dos S. e A. F. da S. O trio é suspeito de ter envolvimento em várias modalidades de crimes em Tapera e região e seriam alvos das investigações dos dois militares mortos. Presos, P. A., W. e A. prestaram depoimentos por várias horas a delegada Elizabeth Sampaio. A delegada é titular da 51ª Delegacia da Polícia Civil de Major Isidoro, mas na noite do duplo crime, ela estava de plantão no Centro Integrado da Segurança Pública (Cisp), de Batalha.

Os homens presos, que a principio foi divulgado que seriam os autores das mortes dos sargentos, também são suspeitos de ligação com uma troca de tiros na noite anterior que os policiais foram mortos, nas proximidades da igreja matriz de Tapera, no Centro da cidade, onde um servidor municipal foi baleado. O alvo seria um outro suspeito de diversos crimes na região, mas que saiu ileso.

Porém, os mistérios que cercam o caso têm muito para serem esclarecidos. Até agora não se sabe como e porque a guarnição do Pelopes foi para o local onde os dois sargentos estavam e nem como aconteceram as mortes. Outro detalhe que não é explicado é quantos disparos atingiram os dois policiais, se eles chegaram a atirar contra a guarnição e se apenas um militar matou os dois colegas de farda. Também não foi divulgado se os sargentos foram mortos dentro do veículo que estavam ou em outro local e se realmente eles estavam ou não trabalhando na manhã que foram mortos.

Em São José da Tapera, principalmente, as prisões do comerciante e dos amigos dele, são assuntos comentados por poucos. E ainda assim, de forma discreta. Todos temem retaliações por parte dos suspeitos, tidos por muitos como problemáticos e vingativos.

Fonte: 7 Segundos