Suspeito teria agido por ciúmes e envolveu dois conhecidos no crime; trio está preso à disposição da justiça.

O caso do brutal assassinato de Ana Firmino, de apenas 12 anos, na cidade de Maravilha, no Médio Sertão de Alagoas, ganhou novos desdobramentos. Em entrevista exclusiva ao portal italotimoteo.com.br, o delegado  Carlos José Gonçalves Melros, plantonista de Delmiro Gouveia, confirmou que o crime foi motivado por ciúmes em um contexto de crime passional.


Segundo as investigações, o principal suspeito, que não teve o nome divulgado devido à Lei de Abuso de Autoridade, teria cometido o crime ao perceber que Ana estaria interessada em outro rapaz. Movido pelo ciúme, ele teria chamado um casal de conhecidos para entregar uma encomenda. No entanto, ao chegarem em frente à creche municipal onde o crime ocorreu, o suspeito desceu do veículo, cobriu o rosto com um pano e atacou com golpes de faca o rapaz que estava com Ana.


Ana Firmino tentou intervir, mas acabou sendo esfaqueada pelo suspeito. Ela sofreu golpes nas nádegas e nas costas, onde a faca permaneceu cravada. Em depoimento, o acusado afirmou que tentou retirar a faca após o crime, mas não conseguiu. Ele fugiu do local, mas foi capturado três dias depois graças à ação coordenada do 7º Batalhão, do GPM de Maravilha, do Pelotão de Operações Especiais e do Setor de Inteligência, sob o comando do Tenente-Coronel Herbert.


Depoimentos contraditórios


Os outros dois envolvidos, um casal, alegaram em depoimento que não participaram diretamente do crime. Segundo eles, teriam tentado impedir o ataque e fugiram em seguida. O principal suspeito, por sua vez, tentou culpá-los, alegando que o casal teria cometido o crime durante uma tentativa de assalto, mas essa versão foi desmentida. A vítima não teve nenhum pertence roubado, conforme relatado pelo pai de Ana, o radialista Ailton Silva, em entrevista ao portal IT.com.br durante o velório.


Prisão e audiência de custódia


Os três suspeitos foram detidos e permanecem presos, à disposição da Justiça. Eles devem passar por audiência de custódia nesta segunda-feira (6), onde o juiz titular da cidade de Maravilha decidirá se manterá a prisão preventiva ou se haverá alguma mudança no regime de detenção.


A investigação prossegue sob a liderança do delegado Carlos José Gonçalves Melros, que busca esclarecer todos os detalhes do caso e garantir que os responsáveis sejam levados à Justiça. O crime abalou a cidade e gerou comoção em todo o estado de Alagoas.